sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Quais as principais medidas de saúde pública recomendadas para os países na fase pós-pandêmica?

Perguntas e respostas sobre a fase pós-pandêmica da gripe suína. Parte 6. Continuação do post abaixo.



Quais as principais medidas de saúde pública recomendadas para os países na fase pós-pandêmica?

À medida que saímos do período pandêmico, é importante que os países se mantenham vigilantes e alertas para infecções e epidemias e que continuem a tomar medidas para proteger suas populações contra a gripe.

 A OMS recomenda aos países:

• manterem a vigilância para a gripe, através do monitoramento das doenças respiratórias e a composição de relatórios de rotina, bem como o acompanhamento e a investigação de sintomas raros que podem ser sugestivos de possíveis mudanças na gravidade da doença e ainda, fazer análises genética do vírus H1N1 para esquadrinhar mutações importantes;

• prosseguirem nos esforços de prevenção e controle para reduzir o impacto da gripe, incluindo a vacinação. Pode ser aplicada a vacina monovalente que inclui somente o H1N1 ou a vacina trivalente da gripe sazonal que inclui os vírus do subtipo H3N2, o subtipo H1N1 e o tipo B.
 

A pandemia de H1N1 significou um desafio para todos os países.  A OMS incentiva os países para que avaliem as suas experiências e identifiquem os pontos positivos para que estes sejam aplicados para reforçar a sua resposta a pandemias futuras.



Artigo completo da OMS (em inglês)

Gripe suína na fase pós-pandêmica, prevenção e grupos de risco.

Perguntas e respostas sobre a fase pós-pandêmica da gripe suína. Parte 5. Continuação do post abaixo.

O que as pessoas podem fazer para se proteger da gripe suína?
 
Os indivíduos devem continuar a se proteger através de medidas preventivas, como prática de etiqueta respiratória, incluindo cobrir a boca quando espirrar ou tossir, e boa higiene das mãos. A OMS continua a recomendar a vacinação contra o vírus como à melhor proteção. A vacinação pode ser monovalente (apenas o H1N1) ou de uma vacina trivalente da gripe sazonal (o que inclui o H1N1 e as outras cepas sazonais H3 e B).

O vírus H1N1 vai continuar causando doença grave entre os mesmo grupos de risco?

Com base na evidência disponível, o H1N1 continuará representando um maior risco de doença severa em alguns grupos, incluindo crianças, mulheres grávidas e pessoas com problemas de saúde respiratória ou crônica.
 

O que representa o fim da pandemia para as pessoas?

Perguntas e respostas sobre a fase pós-pandêmica da gripe suína. Parte 4. Continuação do post abaixo.
 
 O que representa o fim da pandemia para as pessoas? 

Independentemente de saber se o mundo está em uma situação de pandemia ou não, o vírus da gripe representa um risco e, portanto, as pessoas devem tomar medidas preventivas para reduzir a chance de infecção.  Essas medidas incluem o uso da vacina da gripe, quando disponível, especialmente para as pessoas que pertence ao grupo de risco para doença grave.  A maioria dos indivíduos que se tornam doentes podem ser tratados de forma segura em casa, mas os familiares devem estar cientes de que, se um indivíduo desenvolve sintomas sugestivos de doença mais grave, tais como febre alta prolongada e problemas respiratórios o serviço médico deve ser procurado.


quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Por que a OMS demorou tanto tempo para declarar o fim da pandemia?

Perguntas e respostas sobre a fase pós-pandêmica da gripe suína. Parte 3. Continuação do post abaixo.


 Por que a OMS demorou tanto tempo para declarar o fim da pandemia?

 A OMS acompanhou as evidências epidemiológicas de todas as partes do mundo, incluindo os Hemisférios Norte e Sul, para determinar o fim da pandemia.  A OMS esperou o inverno no Hemisfério Sul, a fim de avaliar se o H1N1 está começando a se comportar como a gripe sazonal.

Com o fim da pandemia menos pessoas vão adoecer e morrer de gripe suína?

Perguntas e respostas sobre a fase pós-pandêmica da gripe suína. Parte 2. Continuação do post abaixo.

Com o fim da pandemia menos pessoas vão adoecer e morrer de gripe suína?

Não é possível prever o impacto futuro do H1N1. Mas é esperado que o vírus continue a circular como uma gripe sazonal e, por isso, mais pessoas irão desenvolver imunidade para este variante viral. Por outro lado, como ocorre com os vírus da gripe sazonal, o H1N1 irá sofrer mutações e assim, a imunidade adquirida pelas pessoas, que entraram em contato com o H1N1 pandêmico, será menor.  Além disso, muitas pessoas não foram infectadas pelo H1N1 durante a pandemia, e pode haver regiões em alguns países que ainda podem experimentar surtos significativos.


Artigo completo da OMS (em inglês)

Como sabemos que a pandemia acabou?

Perguntas e respostas sobre a fase pós-pandêmica da gripe suína. Parte 1. 
Organização mundial da Saúde
Após o anuncio do fim da pandemia de gripe, muitas pessoas ficaram com dúvidas. Portanto fiz uma tradução e síntese de um artigo publicado pela Organização Mundial da Saúde. O artigo responde perguntas sobre o fim do período pandêmico. Vou fazer um post para cada pergunta e resposta.

Como sabemos que a pandemia acabou?
 
A pandemia de H1N1 foi caracterizada pelo surgimento de um novo vírus da gripe para o quais muitas pessoas não tinham imunidade pré-existente.  O vírus da gripe suína  causou surtos extensos e incomuns nos meses de verão em vários países e níveis de infecção muito elevados nos meses de inverno.  O H1N1 também foi caracterizado por sua ampla prevalência sobre os vírus sazonais além, de padrões clínicos incomuns onde os casos mais graves ocorreram na maioria das vezes nos grupos etários mais jovens.

 No momento atual o vírus se espalhou para todos os países e com isso muitas pessoas de todas as faixas etárias têm alguma imunidade ao H1N1. O vírus também não causou nenhum foco extenso no verão e sua prevalência está diminuindo no mundo.

Com base neste quadro geral, as evidências são fortes de que os padrões recentes da pandemia estão transição para padrões sazonais de gripe.

É esperado que o vírus H1N1 possa permanecer circulando ainda por muitos anos e que os surtos sazonais seja altamente variável.  Em alguns anos, o impacto pode ser leve, enquanto em outros anos, pode ser bastante grave.

 Além disso, é mais provável que, por algum tempo, os grupos etários mais jovens e as mulheres grávidas, continuará a ser desproporcionalmente afetados pela forma mais grave da doença, incluindo pneumonia viral.  É impossível prever se os jovens continuarão a ter maior risco a longo prazo ou quando essa tendência vai mudar.  Diante desse quadro é importante que as pessoas continuem a tomar medidas de prevenção.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

A pandêmia terminou. A gripe suína (H1N1) não é mais pandêmico.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou nesta terça feira (10/09) que o vírus da gripe suína, dentro de seu sistema de classificação, está na fase pós-pandêmica.

Classificação da pandemia em fases segundo a OMS.

O período pós-pandemia não indica que o H1N1 desapareceu. Com base na experiência com as pandemias anteriores, esperamos que o vírus H1N1 venha assumir um padrão de infecção como as vistas pelos vírus sazonais e que continuem a circular nos próximos anos.

Focos localizados de diferentes magnitudes em relação à transmissão do H1N1 podem ocorrer. Esta é a situação vista atualmente na Nova Zelândia e Índia.

Durante a pandemia, o vírus H1N1 se tornou o vírus dominante. Isso não é mais o caso. Muitos países estão relatando atividade de diferentes vírus da gripe, como é geralmente observado durante epidemias sazonais. Todos os anos, circulam pelo globo, vírus da gripe do tipo B, do subtipo H3N2 e do subtipo H1N1. Estes vírus são chamados de sazonais e estão presentes na vacina que é dada anualmente para os idosos aqui no Brasil. No ano passado, o H1N1 pandêmico (que é diferente do H1N1 sazonal dos anos anteriores) se tornou prevalente, ou seja, provocou a maioria dos casos de gripe. Porém, atualmente o H1N1 pandêmico não é mais prevalente e casos de gripe provocados por vírus do tipo B e do subtipo H3N2 estão sendo relatados.

Estudos recentemente publicados indicam que 20-40% da população foram infectadas pelo vírus H1N1 e, portanto, têm algum nível de imunidade protetora. Muitos países relataram boa cobertura de vacinação, especialmente em grupos de alto risco, e isso aumenta ainda mais a cobertura de imunidade. A existência de imunidade prévia é requisito importante para que um vírus pandêmico se torne sazonal e em consequência, dentro do que é esperado, mais brando em relação a duração e a gravidade dos sintomas.

A ocorrência de pandemias são imprevisíveis. Portanto, a vigilância constante é extremamente importante. A OMS emitiu recomendações sobre a vigilância, vacinação e manejo clínico durante o período pós-pandemia.

Com base nas evidências disponíveis e na experiência de pandemias anteriores, é provável que o vírus continue a causar doenças graves nos grupos etários mais jovens, pelo menos no período imediato pós-pandemia embora, seja esperado, que o número de casos diminua.

Felizmente este vírus não assumiu uma forma mais letal, não desenvolveu resistência generalizada ao oseltamivir e foi de modo eficaz combatido pela vacinação.

Apesar do fim do período pandêmico, não devemos descuidar dos cuidados já veiculados pelo ministério da saúde. O uso de álcool gel e o abito de lavar as mão com frequência, bem como o não compartilhamento de objetos pessoais e o ato de cobrir a boca e o nariz no momento do espirro e tosse deve continuar pois assim estaremos evitando a disseminação de muitas doenças incluindo o vírus da gripe sazonal.

Esperem os próximos posts para maiores detalhes sobre o fim do período pandêmico.

Fim da pandemia de gripe suína - H1N1.

Mais informações em alguns minutos.