Neste ano o Brasil contabilizou 7.289 casos de síndrome gripal, dados contabilizados até 17 de julho. Deste total, 10% foram confirmados para a gripe suína. Vale ressaltar que possivelmente estes números sejam maiores, já que somente são testados para o H1N1 os pacientes graves. O total de mortes até o momento é de 91 casos. O norte do país lidera com 44 mortes (48,4% do total), o nordeste teve 17 óbitos (18,7%), a região sul apresentou 16 mortes (17,6%), o sudeste teve 11 óbitos (12,1%) e o centro-oeste teve 3 (3,3%) mortes causadas pelo H1N1 pandêmico(1). Só para lembrar, em 2009 o Brasil teve 2051 óbitos provocados pela gripe suína(2). Portanto, este ano a gripe suína está provocando bem menos mortes no país. Vamos fazer uma análise sobre as tendências futuras. Abaixo apresentaremos um gráfico do Ministério da Saúde (MS) com a porcentagem dos atendimentos de casos de síndrome gripal em relação a todas as outras doenças atendidas pelas unidades sentinela(2) e um gráfico apresentado pelo Google flu trends(3).
Gráfico do Ministério da Saúde (2009) mostrando a porcentagem de atendimentos de síndrome gripal em relação às outras doenças.
Gráfico do flu trends mostrando dados de 2009 (linha mais clara) e os dados de 2010 (linha mais escura).
O gráfico do Google é montado a partir dos termos de busca utilizados no site. O Google assume que quanto maior a busca por termos relacionados a gripe mais pessoas estão com os sintomas e, portanto pode inferir a atividade viral que é classificada de mínima a intensa(4). Podemos ver pela comparação do gráfico do Google é semelhante ao gráfico apresentado pelo MS em 2009. Com isso podemos inferir que os dados do Google de 2010 é um bom indicador da atividade do vírus da gripe. Com a análise da linha mais escura podemos ver que a tendência atual é de queda na atividade gripal e que em 2010 a quantidade de pessoas infectadas é menor que as de 2009. Esse poste corrobora com o anterior que fala sobre uma possível alteração da fase pandêmica atual que é de 6 para a fase pós-pico pandêmico. A alteração de fase é feita pela Organização Mundial da Saúde. Vamos esperar pelos próximos boletins do MS para ver se a tendência de queda se confirma.