sexta-feira, 23 de julho de 2010

Situação atual da gripe suína e tendência futura.

Neste ano o Brasil contabilizou 7.289 casos de síndrome gripal, dados contabilizados até 17 de julho. Deste total, 10% foram confirmados para a gripe suína. Vale ressaltar que possivelmente estes números sejam maiores, já que somente são testados para o H1N1 os pacientes graves. O total de mortes até o momento é de 91 casos. O norte do país lidera com 44 mortes (48,4% do total), o nordeste teve 17 óbitos (18,7%), a região sul apresentou 16 mortes (17,6%), o sudeste teve 11 óbitos (12,1%) e o centro-oeste teve 3 (3,3%) mortes causadas pelo H1N1 pandêmico(1). Só para lembrar, em 2009 o Brasil teve 2051 óbitos provocados pela gripe suína(2). Portanto, este ano a gripe suína está provocando bem menos mortes no país. Vamos fazer uma análise sobre as tendências futuras. Abaixo apresentaremos um gráfico do Ministério da Saúde (MS) com a porcentagem dos atendimentos de casos de  síndrome gripal em relação a todas as outras doenças atendidas pelas unidades sentinela(2) e um gráfico apresentado pelo Google flu trends(3).

Gráfico do Ministério da Saúde (2009) mostrando a porcentagem de atendimentos de síndrome gripal em relação às outras doenças.

Gráfico do flu trends mostrando dados de 2009 (linha mais clara) e os dados de 2010 (linha mais escura).

O gráfico do Google é montado a partir dos termos de busca utilizados no site. O Google assume que quanto maior a busca por termos relacionados a gripe mais pessoas estão com os sintomas e, portanto pode inferir a atividade viral que é classificada de mínima a intensa(4). Podemos ver pela comparação do gráfico do Google é semelhante ao gráfico apresentado pelo MS em 2009. Com isso podemos inferir que os dados do Google de 2010 é um bom indicador da atividade do vírus da gripe. Com a análise da linha mais escura podemos ver que a tendência atual é de queda na atividade gripal e que em 2010 a quantidade de pessoas infectadas é menor que as de 2009. Esse poste corrobora com o anterior que fala sobre uma possível alteração da fase pandêmica atual que é de 6 para a fase pós-pico pandêmico. A alteração de fase é feita pela Organização Mundial da Saúde. Vamos esperar pelos próximos boletins do MS para ver se a tendência de queda se confirma.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Período pandêmico do vírus H1N1 (gripe suína) pode estar no fim.

Com exceção de regiões tropicais localizadas do sul e sudeste asiático, caribe e América Central e Oeste africano, as demais regiões do mundo têm assistido uma queda na circulação do vírus pandêmico H1N1. A ocorrência de gripe está em nível próximo de anos anteriores ao surgimento da gripe suína no mundo. Com isso, é esperado que a Organização Mundial da Saúde (OMS) classifique o H1N1 como sazonal nos próximos meses. Segundo a classificação da OMS o mundo está em fase pandêmica 6, a mais alta na escala. A próxima fase na escala é classificada como período pós pico pandêmico, que é caracterizada pela queda na circulação do vírus causador da pandemia na maioria dos países. A OMS está esperando passar o inverno no hemisfério sul para anunciar o período pós pico.

Apesar da boa notícia, o Brasil até o dia 05 de julho, contava com o total de 84 óbitos¹. O estado do Paraná em contagem mais recente (19/05), apresentou 15 óbitos.² Na contagem do Ministério da Saúde¹ a região Sul inteira apresentou 12 óbitos (dados de 05/07). Através desta análise a circulação do H1N1 ainda está crescendo neste inverno.