terça-feira, 10 de agosto de 2010

A pandêmia terminou. A gripe suína (H1N1) não é mais pandêmico.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou nesta terça feira (10/09) que o vírus da gripe suína, dentro de seu sistema de classificação, está na fase pós-pandêmica.

Classificação da pandemia em fases segundo a OMS.

O período pós-pandemia não indica que o H1N1 desapareceu. Com base na experiência com as pandemias anteriores, esperamos que o vírus H1N1 venha assumir um padrão de infecção como as vistas pelos vírus sazonais e que continuem a circular nos próximos anos.

Focos localizados de diferentes magnitudes em relação à transmissão do H1N1 podem ocorrer. Esta é a situação vista atualmente na Nova Zelândia e Índia.

Durante a pandemia, o vírus H1N1 se tornou o vírus dominante. Isso não é mais o caso. Muitos países estão relatando atividade de diferentes vírus da gripe, como é geralmente observado durante epidemias sazonais. Todos os anos, circulam pelo globo, vírus da gripe do tipo B, do subtipo H3N2 e do subtipo H1N1. Estes vírus são chamados de sazonais e estão presentes na vacina que é dada anualmente para os idosos aqui no Brasil. No ano passado, o H1N1 pandêmico (que é diferente do H1N1 sazonal dos anos anteriores) se tornou prevalente, ou seja, provocou a maioria dos casos de gripe. Porém, atualmente o H1N1 pandêmico não é mais prevalente e casos de gripe provocados por vírus do tipo B e do subtipo H3N2 estão sendo relatados.

Estudos recentemente publicados indicam que 20-40% da população foram infectadas pelo vírus H1N1 e, portanto, têm algum nível de imunidade protetora. Muitos países relataram boa cobertura de vacinação, especialmente em grupos de alto risco, e isso aumenta ainda mais a cobertura de imunidade. A existência de imunidade prévia é requisito importante para que um vírus pandêmico se torne sazonal e em consequência, dentro do que é esperado, mais brando em relação a duração e a gravidade dos sintomas.

A ocorrência de pandemias são imprevisíveis. Portanto, a vigilância constante é extremamente importante. A OMS emitiu recomendações sobre a vigilância, vacinação e manejo clínico durante o período pós-pandemia.

Com base nas evidências disponíveis e na experiência de pandemias anteriores, é provável que o vírus continue a causar doenças graves nos grupos etários mais jovens, pelo menos no período imediato pós-pandemia embora, seja esperado, que o número de casos diminua.

Felizmente este vírus não assumiu uma forma mais letal, não desenvolveu resistência generalizada ao oseltamivir e foi de modo eficaz combatido pela vacinação.

Apesar do fim do período pandêmico, não devemos descuidar dos cuidados já veiculados pelo ministério da saúde. O uso de álcool gel e o abito de lavar as mão com frequência, bem como o não compartilhamento de objetos pessoais e o ato de cobrir a boca e o nariz no momento do espirro e tosse deve continuar pois assim estaremos evitando a disseminação de muitas doenças incluindo o vírus da gripe sazonal.

Esperem os próximos posts para maiores detalhes sobre o fim do período pandêmico.

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