quinta-feira, 19 de agosto de 2010

A vacinação contra a gripe suína (H1N1) deveria continuar? Se sim, como?

Perguntas e respostas sobre a fase pós-pandêmica da gripe suína. Última parte. Continuação do post abaixo.
 
Vacina contra a gripe distribuída pelo Instituto Butantan

A vacinação contra a gripe suína (H1N1) deveria continuar? Se sim, como?

A OMS recomenda o uso da vacina da gripe para proteger as pessoas como uma medida segura e eficaz para reduzir as chances de desenvolver doença grave. É esperado que o vírus da gripe H1N1 continue a circular em todo o mundo por muitos anos, e muitas pessoas ainda estão suscetíveis à infecção.  O H1N1 causou, na maioria das vezes, doença grave ou fatal em pessoas mais jovens, pessoas com doenças crônicas e pessoas saudáveis. A predominância do quadro de doença grave se caracterizou por pneumonia viral o que normalmente não é comum de ocorrer com a gripe sazonal.  A OMS recomenda, em especial, vacinação para os trabalhadores de saúde e grupos de alto risco para doença grave.
 
A atual vacina sazonal trivalente inclui o vírus da gripe suína (H1N1), bem como as outras cepas sazonais (H3, B), e, portanto, protege contra todos os vírus da gripe sazonal esperado.  A vacina monovalente elaborada contra a pandemia só protege contra o vírus H1N1.
 
Uma vez que ninguém pode prever com precisão quais, ou quantos variantes, dos vírus influenza circulantes vão causar infecções, a vacina trivalente da gripe sazonal fornece maior proteção.  No entanto, em alguns lugares a vacina trivalente não está disponível e em tais circunstâncias, ainda é prudente que as pessoas sejam vacinadas contra a gripe suína utilizando a vacina monovalente e assim, prevenir doenças graves.

Artigo completo da OMS (em inglês)

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Agora que a pandemia terminou, a OMS ainda recomenda uso do oseltamivir (Tamiflu)?

Perguntas e respostas sobre a fase pós-pandêmica da gripe suína. Parte 7. Continuação do post abaixo.

Oseltamivir, preparado pela Farmanguinhos a partir do princípio ativo do Tamiflu. 
As orientações da OMS para o uso de medicamentos antivirais cobrem tanto a gripe sazonal como a gripe pandêmica e devem ser seguidas. Apesar de estarmos já no período pós-pandemia, o H1N1 ainda está circulando como um vírus de gripe sazonal e é provável que continuaremos a ver quadros de doença severa em indivíduos de maior risco, bem como de pessoas saudáveis.  O diagnóstico precoce e o tratamento adequado ainda são importantes.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Quais as principais medidas de saúde pública recomendadas para os países na fase pós-pandêmica?

Perguntas e respostas sobre a fase pós-pandêmica da gripe suína. Parte 6. Continuação do post abaixo.



Quais as principais medidas de saúde pública recomendadas para os países na fase pós-pandêmica?

À medida que saímos do período pandêmico, é importante que os países se mantenham vigilantes e alertas para infecções e epidemias e que continuem a tomar medidas para proteger suas populações contra a gripe.

 A OMS recomenda aos países:

• manterem a vigilância para a gripe, através do monitoramento das doenças respiratórias e a composição de relatórios de rotina, bem como o acompanhamento e a investigação de sintomas raros que podem ser sugestivos de possíveis mudanças na gravidade da doença e ainda, fazer análises genética do vírus H1N1 para esquadrinhar mutações importantes;

• prosseguirem nos esforços de prevenção e controle para reduzir o impacto da gripe, incluindo a vacinação. Pode ser aplicada a vacina monovalente que inclui somente o H1N1 ou a vacina trivalente da gripe sazonal que inclui os vírus do subtipo H3N2, o subtipo H1N1 e o tipo B.
 

A pandemia de H1N1 significou um desafio para todos os países.  A OMS incentiva os países para que avaliem as suas experiências e identifiquem os pontos positivos para que estes sejam aplicados para reforçar a sua resposta a pandemias futuras.



Artigo completo da OMS (em inglês)

Gripe suína na fase pós-pandêmica, prevenção e grupos de risco.

Perguntas e respostas sobre a fase pós-pandêmica da gripe suína. Parte 5. Continuação do post abaixo.

O que as pessoas podem fazer para se proteger da gripe suína?
 
Os indivíduos devem continuar a se proteger através de medidas preventivas, como prática de etiqueta respiratória, incluindo cobrir a boca quando espirrar ou tossir, e boa higiene das mãos. A OMS continua a recomendar a vacinação contra o vírus como à melhor proteção. A vacinação pode ser monovalente (apenas o H1N1) ou de uma vacina trivalente da gripe sazonal (o que inclui o H1N1 e as outras cepas sazonais H3 e B).

O vírus H1N1 vai continuar causando doença grave entre os mesmo grupos de risco?

Com base na evidência disponível, o H1N1 continuará representando um maior risco de doença severa em alguns grupos, incluindo crianças, mulheres grávidas e pessoas com problemas de saúde respiratória ou crônica.
 

O que representa o fim da pandemia para as pessoas?

Perguntas e respostas sobre a fase pós-pandêmica da gripe suína. Parte 4. Continuação do post abaixo.
 
 O que representa o fim da pandemia para as pessoas? 

Independentemente de saber se o mundo está em uma situação de pandemia ou não, o vírus da gripe representa um risco e, portanto, as pessoas devem tomar medidas preventivas para reduzir a chance de infecção.  Essas medidas incluem o uso da vacina da gripe, quando disponível, especialmente para as pessoas que pertence ao grupo de risco para doença grave.  A maioria dos indivíduos que se tornam doentes podem ser tratados de forma segura em casa, mas os familiares devem estar cientes de que, se um indivíduo desenvolve sintomas sugestivos de doença mais grave, tais como febre alta prolongada e problemas respiratórios o serviço médico deve ser procurado.


quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Por que a OMS demorou tanto tempo para declarar o fim da pandemia?

Perguntas e respostas sobre a fase pós-pandêmica da gripe suína. Parte 3. Continuação do post abaixo.


 Por que a OMS demorou tanto tempo para declarar o fim da pandemia?

 A OMS acompanhou as evidências epidemiológicas de todas as partes do mundo, incluindo os Hemisférios Norte e Sul, para determinar o fim da pandemia.  A OMS esperou o inverno no Hemisfério Sul, a fim de avaliar se o H1N1 está começando a se comportar como a gripe sazonal.

Com o fim da pandemia menos pessoas vão adoecer e morrer de gripe suína?

Perguntas e respostas sobre a fase pós-pandêmica da gripe suína. Parte 2. Continuação do post abaixo.

Com o fim da pandemia menos pessoas vão adoecer e morrer de gripe suína?

Não é possível prever o impacto futuro do H1N1. Mas é esperado que o vírus continue a circular como uma gripe sazonal e, por isso, mais pessoas irão desenvolver imunidade para este variante viral. Por outro lado, como ocorre com os vírus da gripe sazonal, o H1N1 irá sofrer mutações e assim, a imunidade adquirida pelas pessoas, que entraram em contato com o H1N1 pandêmico, será menor.  Além disso, muitas pessoas não foram infectadas pelo H1N1 durante a pandemia, e pode haver regiões em alguns países que ainda podem experimentar surtos significativos.


Artigo completo da OMS (em inglês)

Como sabemos que a pandemia acabou?

Perguntas e respostas sobre a fase pós-pandêmica da gripe suína. Parte 1. 
Organização mundial da Saúde
Após o anuncio do fim da pandemia de gripe, muitas pessoas ficaram com dúvidas. Portanto fiz uma tradução e síntese de um artigo publicado pela Organização Mundial da Saúde. O artigo responde perguntas sobre o fim do período pandêmico. Vou fazer um post para cada pergunta e resposta.

Como sabemos que a pandemia acabou?
 
A pandemia de H1N1 foi caracterizada pelo surgimento de um novo vírus da gripe para o quais muitas pessoas não tinham imunidade pré-existente.  O vírus da gripe suína  causou surtos extensos e incomuns nos meses de verão em vários países e níveis de infecção muito elevados nos meses de inverno.  O H1N1 também foi caracterizado por sua ampla prevalência sobre os vírus sazonais além, de padrões clínicos incomuns onde os casos mais graves ocorreram na maioria das vezes nos grupos etários mais jovens.

 No momento atual o vírus se espalhou para todos os países e com isso muitas pessoas de todas as faixas etárias têm alguma imunidade ao H1N1. O vírus também não causou nenhum foco extenso no verão e sua prevalência está diminuindo no mundo.

Com base neste quadro geral, as evidências são fortes de que os padrões recentes da pandemia estão transição para padrões sazonais de gripe.

É esperado que o vírus H1N1 possa permanecer circulando ainda por muitos anos e que os surtos sazonais seja altamente variável.  Em alguns anos, o impacto pode ser leve, enquanto em outros anos, pode ser bastante grave.

 Além disso, é mais provável que, por algum tempo, os grupos etários mais jovens e as mulheres grávidas, continuará a ser desproporcionalmente afetados pela forma mais grave da doença, incluindo pneumonia viral.  É impossível prever se os jovens continuarão a ter maior risco a longo prazo ou quando essa tendência vai mudar.  Diante desse quadro é importante que as pessoas continuem a tomar medidas de prevenção.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

A pandêmia terminou. A gripe suína (H1N1) não é mais pandêmico.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou nesta terça feira (10/09) que o vírus da gripe suína, dentro de seu sistema de classificação, está na fase pós-pandêmica.

Classificação da pandemia em fases segundo a OMS.

O período pós-pandemia não indica que o H1N1 desapareceu. Com base na experiência com as pandemias anteriores, esperamos que o vírus H1N1 venha assumir um padrão de infecção como as vistas pelos vírus sazonais e que continuem a circular nos próximos anos.

Focos localizados de diferentes magnitudes em relação à transmissão do H1N1 podem ocorrer. Esta é a situação vista atualmente na Nova Zelândia e Índia.

Durante a pandemia, o vírus H1N1 se tornou o vírus dominante. Isso não é mais o caso. Muitos países estão relatando atividade de diferentes vírus da gripe, como é geralmente observado durante epidemias sazonais. Todos os anos, circulam pelo globo, vírus da gripe do tipo B, do subtipo H3N2 e do subtipo H1N1. Estes vírus são chamados de sazonais e estão presentes na vacina que é dada anualmente para os idosos aqui no Brasil. No ano passado, o H1N1 pandêmico (que é diferente do H1N1 sazonal dos anos anteriores) se tornou prevalente, ou seja, provocou a maioria dos casos de gripe. Porém, atualmente o H1N1 pandêmico não é mais prevalente e casos de gripe provocados por vírus do tipo B e do subtipo H3N2 estão sendo relatados.

Estudos recentemente publicados indicam que 20-40% da população foram infectadas pelo vírus H1N1 e, portanto, têm algum nível de imunidade protetora. Muitos países relataram boa cobertura de vacinação, especialmente em grupos de alto risco, e isso aumenta ainda mais a cobertura de imunidade. A existência de imunidade prévia é requisito importante para que um vírus pandêmico se torne sazonal e em consequência, dentro do que é esperado, mais brando em relação a duração e a gravidade dos sintomas.

A ocorrência de pandemias são imprevisíveis. Portanto, a vigilância constante é extremamente importante. A OMS emitiu recomendações sobre a vigilância, vacinação e manejo clínico durante o período pós-pandemia.

Com base nas evidências disponíveis e na experiência de pandemias anteriores, é provável que o vírus continue a causar doenças graves nos grupos etários mais jovens, pelo menos no período imediato pós-pandemia embora, seja esperado, que o número de casos diminua.

Felizmente este vírus não assumiu uma forma mais letal, não desenvolveu resistência generalizada ao oseltamivir e foi de modo eficaz combatido pela vacinação.

Apesar do fim do período pandêmico, não devemos descuidar dos cuidados já veiculados pelo ministério da saúde. O uso de álcool gel e o abito de lavar as mão com frequência, bem como o não compartilhamento de objetos pessoais e o ato de cobrir a boca e o nariz no momento do espirro e tosse deve continuar pois assim estaremos evitando a disseminação de muitas doenças incluindo o vírus da gripe sazonal.

Esperem os próximos posts para maiores detalhes sobre o fim do período pandêmico.

Fim da pandemia de gripe suína - H1N1.

Mais informações em alguns minutos.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Situação atual da gripe suína e tendência futura.

Neste ano o Brasil contabilizou 7.289 casos de síndrome gripal, dados contabilizados até 17 de julho. Deste total, 10% foram confirmados para a gripe suína. Vale ressaltar que possivelmente estes números sejam maiores, já que somente são testados para o H1N1 os pacientes graves. O total de mortes até o momento é de 91 casos. O norte do país lidera com 44 mortes (48,4% do total), o nordeste teve 17 óbitos (18,7%), a região sul apresentou 16 mortes (17,6%), o sudeste teve 11 óbitos (12,1%) e o centro-oeste teve 3 (3,3%) mortes causadas pelo H1N1 pandêmico(1). Só para lembrar, em 2009 o Brasil teve 2051 óbitos provocados pela gripe suína(2). Portanto, este ano a gripe suína está provocando bem menos mortes no país. Vamos fazer uma análise sobre as tendências futuras. Abaixo apresentaremos um gráfico do Ministério da Saúde (MS) com a porcentagem dos atendimentos de casos de  síndrome gripal em relação a todas as outras doenças atendidas pelas unidades sentinela(2) e um gráfico apresentado pelo Google flu trends(3).

Gráfico do Ministério da Saúde (2009) mostrando a porcentagem de atendimentos de síndrome gripal em relação às outras doenças.

Gráfico do flu trends mostrando dados de 2009 (linha mais clara) e os dados de 2010 (linha mais escura).

O gráfico do Google é montado a partir dos termos de busca utilizados no site. O Google assume que quanto maior a busca por termos relacionados a gripe mais pessoas estão com os sintomas e, portanto pode inferir a atividade viral que é classificada de mínima a intensa(4). Podemos ver pela comparação do gráfico do Google é semelhante ao gráfico apresentado pelo MS em 2009. Com isso podemos inferir que os dados do Google de 2010 é um bom indicador da atividade do vírus da gripe. Com a análise da linha mais escura podemos ver que a tendência atual é de queda na atividade gripal e que em 2010 a quantidade de pessoas infectadas é menor que as de 2009. Esse poste corrobora com o anterior que fala sobre uma possível alteração da fase pandêmica atual que é de 6 para a fase pós-pico pandêmico. A alteração de fase é feita pela Organização Mundial da Saúde. Vamos esperar pelos próximos boletins do MS para ver se a tendência de queda se confirma.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Período pandêmico do vírus H1N1 (gripe suína) pode estar no fim.

Com exceção de regiões tropicais localizadas do sul e sudeste asiático, caribe e América Central e Oeste africano, as demais regiões do mundo têm assistido uma queda na circulação do vírus pandêmico H1N1. A ocorrência de gripe está em nível próximo de anos anteriores ao surgimento da gripe suína no mundo. Com isso, é esperado que a Organização Mundial da Saúde (OMS) classifique o H1N1 como sazonal nos próximos meses. Segundo a classificação da OMS o mundo está em fase pandêmica 6, a mais alta na escala. A próxima fase na escala é classificada como período pós pico pandêmico, que é caracterizada pela queda na circulação do vírus causador da pandemia na maioria dos países. A OMS está esperando passar o inverno no hemisfério sul para anunciar o período pós pico.

Apesar da boa notícia, o Brasil até o dia 05 de julho, contava com o total de 84 óbitos¹. O estado do Paraná em contagem mais recente (19/05), apresentou 15 óbitos.² Na contagem do Ministério da Saúde¹ a região Sul inteira apresentou 12 óbitos (dados de 05/07). Através desta análise a circulação do H1N1 ainda está crescendo neste inverno.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Mudanças no blog e mais informações.

Seguindo as sugestões de algumas pessoas estou alterando a aparência do blog. Além das mudanças no visual, acrescentamos um FAQ sobre a gripe suína. Na coluna ao lado, na seção "Mais informações" clique em "Perguntas frequentes (FAQ) - Gripe Suína". Esta seção será ampliada constantemente. Será ainda colocado um botão do site formspring.me que é um site onde perguntas sobre qualquer assunto podem ser feitas as pessoas. Portanto o blog possui dois canais para as pessoas que querem saber mais sobre a influenza, os comentários dos posts e o site formspring.me. Quem quiser utilizar o site citado para tirar dúvidas clique em formspring.me. Abraço a todos.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Vacina contra a gripe suína contém mercúrio - Fatos e Boatos.

E-mails com informações falsas a respeito da vacina contra a gripe suína têm se difundido na internet. Estas ocorrências indesejadas sensibilizaram o Ministério da Saúde que publicou dia 24 de março um documento para desmistificar os boatos. Parte dos boatos se referem a relação do mercúrio presente nas vacinas com casos de autismo. O mercúrio é utilizado para impedir o crescimento de bactérias e fungos nas vacinas. A quantidade utilizada por dose de vacina (0,5 mL) é de 25 microgramas, além disso, o mercúrio é utilizado em várias outras vacinas como na tetravalente, tríplice viral, nas vacinas contra caxumba entre outras. Além do mercúrio, o dito e-mail ainda faz referência ao timerosal como causa de autismo, no entanto, este conservante que também visa impedir o crescimento de micro-organismos nas vacinas é utilizado em diversas vacinas desde 1930 e nunca ouve relato ou associação desta substância com o autismo. Também é citado o esqualeno, que existe em algumas vacinas, como causador de problemas imunológicos. O esqualeno é um adjuvante que visa à diminuição da quantidade do antígeno (substâncias que ativam a resposta imunológica) nas doses vacinais e uma proteção de longa duração. Terminando a lista de absurdos: as vacinas não possuem células cancerígenas de animais que podem causar câncer nas pessoas, as indústrias farmacêuticas não possuem imunidade judicial contra problemas que venham a causar nas pessoas. Vale ressaltar que a composição da vacina da gripe é recomendada pela Organização Mundial da Saúde, portanto fabricantes de vacinas que não seguirem suas recomendações ou se produzirem vacinas contendo qualquer substância não autorizada ou prejudicial, seja devido a acidente ou propositadamente serão recolhidas pelos órgãos de vigilância sanitária e o fabricante será autuado e responsabilizado pelos eventuais danos a saúde dos pacientes. A vacina é segura, estes e-mails são um desserviço a população e a meu ver é um crime intolerável que pode causar a morte de pessoas que não venham a se vacinar por conta dos absurdos que veicula. Para tirarem as dúvidas a respeito do mercúrio e o autismo, eu coloquei abaixo dois trabalhos científicos de 2010 (em inglês) nos links abaixo, o primeiro é um resumo sobre as causa do autismo e o segundo é um trabalho completo feito com o objetivo de determinar se o mercúrio causa autismo, o resultado deste trabalho, já adianto, é que o mercúrio não causa autismo.

1 - Trabalho científico - Causas do autismo (resumo) em inglês.

2 - Trabalho científico - Concentração de mercúrio no sangue, um estudo feito em crianças com e sem autismo (completo) em inglês.

3 - Nota do Ministério da Saúde esclarecendo os boatos sobre a vacina.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Calendário de Vacinação contra a Gripe Suína/Pandêmica.

O calendário de vacinação contra o vírus da influenza H1N1 foi modificado pelo Ministério da Saúde, veja o novo calendário abaixo (clique para ampliar).



Boa notícia, a população de 30 a 39 anos que antes não seria contemplada com a vacinação, agora está inserida no calendário oficial do Ministério da Saúde. Também faz parte do calendário oficial de vacinação os profissionais de saúde e os indígenas. Para estes grupos a vacinação já se iniciou e vai até o dia 19 de março. Os indígenas serão vacinados nas aldeias.
Nos laboratórios particulares a vacina deverá custar entre R$ 50 e R$ 60 e estará disponível a partir de abril.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Vacinação contra a gripe suína (A/H1N1).

O ministério da saúde divulgou em nota técnica sua estratégia de vacinação contra a gripe suína. Segundo os esforços conjuntos da OMS com o ministério da Saúde e a OPAS, foi estabelecido que a vacinação possui dois objetivos principais, o de manter em funcionamento do serviço de saúde envolvido no atendimento dos casos de gripe e o de diminuir a morbimortalidade em decorrência da infecção pela gripe pandêmica. Com isso serão vacinados os profissionais de saúde e as pessoas que se encontram nos grupos de risco. Veja calendário abaixo, clique na tabela para ampliar.


Os grupos a serem vacinados por ordem de prioridade são:

1 - Profissionais da saúde.

2 - Gestantes.

3 - População indígena.

4 - População portadora de doenças crônicas e os obesos (índice de massa corpóreo (IMC) acima de 40 para adultos com 18 anos ou mais, 25 para crianças até 10 anos e IMC 35 para crianças acima de 10 anos e adolescentes.)

5 - Bebês saudáveis de 6 meses a 2 anos de idade incompletos. Este grupo receberá a vacina dividida em duas meias doses, com um intervalo de 21 dias entre a primeira e a segunda dose.

6 - Adultos saudáveis de 20 a 29 anos completos.

Os maiores de sessenta anos receberão a vacina contra a gripe sazonal e somente aqueles que tiverem alguma doença crônica é que receberão a vacina contra a gripe suína. A data de vacinação dos idosos seguirá a data usual e será divulgado aqui neste blog.

Os motivos da escolha desses grupos etários para a vacinação está refletida no gráfico abaixo divulgado pelo Ministério da Saúde.


Através deste gráfico podemos ver que o grupo mais atingido pela gripe pandêmica em 2009 foi o das crianças menores de 2 anos, seguido do grupo dos jovens com idades entre 20 e 29 anos, sendo os idosos o grupo menos afligido com 6,1% do total.

Fonte: Ministério da Saúde. Nota técnica 5/2010.