terça-feira, 24 de março de 2009

Egito, oitavo caso humano de gripe aviária.

Foi informado dia 23/o3/09, pela Organização Mundial de Saúde, mais um caso de infecção humana pelo vírus da gripe aviária no Egito. Desta vez, diferente de todas as outras ocorridas neste ano, foi um mulher de 38 anos que contraiu a doença, todos os outros casos haviam sido de crianças pequenas. A mulher é moradora da província de Assiut e seus sintomas começaram no dia 14 de março, mesmo dia de sua internação. Ela está sendo tratada com oseltamivir, um antiviral específico para o vírus da gripe. A moça teve contato com aves doentes e mortas antes do início dos sintomas que compreendeu dores de cabeça e febre. Seu estado de saúde permanece estável. Dos oito casos de gripe aviária acometendo pessoas no Egito, nenhuma veio a óbito. O início rápido do tratamento com o oseltamivir neste e nos outros casos parece que está dando resultados e salvando a vida dos pacientes. Abaixo está o mapa das províncias que apresentaram casos humanos de gripe aviária. Em vermelho está à província que apresentou o caso de gripe aviária mais recente, as províncias marcadas em laranja são aquelas que apresentaram casos humanos da doença este ano mas em datas anteriores.
http://www.who.int/csr/don/2009_03_23a/en/index.html

Se o sistema de saúde Egípcio está trabalhando bem nos casos de gripe aviária humana, o mesmo não se pode falar do monitoramento dos surtos de H5N1 em aves. Neste ano o Egito ainda não fez nenhuma notificação oficial de gripe aviária nos plantéis avícolas do país. Este dado chama a atenção porque em todos os oito casos humanos de gripe aviária a fonte do vírus foram aves doentes e mortas. Como pode as pessoas terem contraído a doença de aves infectadas sem que o governo Egípcio notificasse a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Parece que só se encontra aves infectadas depois que o vírus acomete as pessoas. O Egito tem que intensificar o monitoramento das aves para evitar que novas pessoas se infectem. Essa aparente omissão do governo não se justifica, já que metade de sua população vive na zona rural de um país que possui menos de 4% do seu território viável para a agricultura.


Um comentário:

  1. Parabéns pelo doutorado e o pelo tema escolhido, a gripe aviaria me parece, aos olhos de um leigo, ser uma das piores doenças da atualidade.

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